Na Mídia - Múmia Kherima

Na Mídia – Múmia Kherima

“Um senhor teve um transe durante a aula e se viu navegando em um barco egípcio junto à múmia.”

Em reportagem para o jornal O Globo, publicada no dia 07/12/2013, a arqueóloga Ângela Rabello, do Museu Nacional, narra um fato ocorrido em uma das aulas do já falecido professor Victor Staviarski.

Múmia Kherima em exposição no Museu Nacional

Múmia Kherima em exposição no Museu Nacional (O Globo, 7/12/2013)

A múmia à qual a arqueóloga se refere, chamada Kherima, faz parte do acervo do Museu Nacional e possui grande relevância para a instituição, haja vista que é uma das apenas nove múmias encontradas pelo mundo, que foram enfaixadas e decoradas sobre linho, utilizando técnicas de mumificação detalhistas. Mas não é apenas a forma especial utilizada na mumificação de Kherima que chama a atenção, mas também as lendas que envolvem a sua trajetória e os mistérios em torno da causa de sua morte.

Kherima chegou ao Brasil em 1824 por intermédio do colecionador de antiguidades Nicolau Fiengo. A princípio seu destino final não era o Brasil, mas sim a cidade de Buenos Aires. No entanto, o entusiasta desistiu de continuar a viagem. Três anos após a chegada de Fiengo, D. Pedro I decide arrematar em um leilão os objetos do Egito Antigo trazidos para o país pelo mesmo, dando início, assim,  à coleção egípcia do Museu Nacional.

A reportagem cita a possível causa da morte de Kherima e as lendas que circundam a mesma são comentadas na matéria pelo curador da coleção egípcia do museu, o Prof. Antônio Brancaglion Jr.

“—A lenda diz que ela teria sido morta a facadas, mas não encontramos marcas que validem esta versão. Provavelmente a causa da morte foi por algo que a mumificação ocultou, como uma infecção.”

Brancaglion também fala um pouco sobre a mística em relação à essa múmia, quando relata ter visto alunos sentirem um “mal súbito” quando participavam de uma palestra ao lado de Kherima.

“— Curiosamente isso só acontece com esta múmia — diz.— Talvez seja porque sua aparência é mais humana.”

A matéria faz referência ao professor Victor Staviarski, membro da Sociedade de Amigos do Museu Nacional, que no passado coordenou cursos de egiptologia e escrita hieroglífica na instituição. O referido professor em suas aulas recorria à hipnose e criava ambientes ao som de ópera, tendo chegado a organizar sessões especiais ao lado da múmia que contaram com a presença de mais de 100 pessoas. Em reportagens da década de 1960, Staviarski assegura que mais de 100 pessoas entraram em transe em frente à Kherima.

“—… participei de uma delas em que o professor pôs uma máscara dourada na cabeça dela — conta a arqueóloga Ângela Rabello, do Museu Nacional. — Alguns alunos sentiram o odor de rosas, mas não foi o meu caso.”

Para ler a matéria na íntegra e conhecer alguns outros mistérios e curiosidades sobre a múmia Kherima acesse o link abaixo. Mas não deixe de conhecê-la pessoalmente no Museu Nacional e aproveitar para descobrir um pouco mais sobre o Egito Antigo.

https://acervo.oglobo.globo.com/consulta-ao-acervo/?navegacaoPorData=201020131207