SAE REALIZOU VI CURSO DE FORMAÇÃO DE MEDIADORES DO MUSEU NACIONAL

SAE REALIZOU VI CURSO DE FORMAÇÃO DE MEDIADORES DO MUSEU NACIONAL

Aconteceu do dia 06 a 17 de fevereiro de 2017,a VI Edição do Curso de Formação de Mediadores da Seção de Assistência ao Ensino do Museu Nacional.  Oferecido a estudantes da UFRJ e do Colégio Pedro II o curso teve por objetivo formar mediadores para atuar no setor educativo do Museu Nacional.

Na primeira semana do curso, contamos com a participação de professores da educação básica, educadores de museus, professores do ensino superior e pesquisadores que pesquisam o tema Infância e Museus, além de professores que atuam em escolas e instituições que atendem às pessoas com deficiência como o INES e o Instituto Benjamin Constant.

Nessa edição o curso assumiu um novo formato com apresentações teóricas e oficinas de cunho prático com o objetivo de pensar a melhor forma de atender aos diferentes públicos de acordo com suas especificidades.

No dia 06 de fevereiro o tema estudado foi a Relação Museu-Escola e a Educação Museal. Neste dia, tivemos uma mesa redonda com o tema “E a escola vai ao Museu: a vez e a voz dos professores”, onde participaram da mesa os professores: José Leandro Cardoso (Escola Municipal Nilo Peçanha), Renata Bastos da Silva (professora do IPPUR-UFRJ), Patrícia do Socorro da Silva (professora da SEEDUC e da SME-RJ) e Rubens Akeshi Macedo Oda (Colégio Pedro II).

À tarde, tivemos a oficina “Educação Museal: teoria e prática” com as educadoras do Museu Nacional Andréa F. Costa e Sheila Nicholas Villas Boas, onde os participantes se reuniram em grupos e discutiram casos relacionados a pratica de educação museal, apresentando críticas e possíveis soluções para as situações e problemas identificados.

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No dia 08 de fevereiro, segundo dia do curso, o tema estudado foi Acessibilidade. Neste dia tivemos duas oficinas, uma no horário da manhã e outra no horário da tarde. Pela manhã os cursistas puderam entender um pouco sobre o universo da pessoa com deficiência visual e de como se dá, na prática, o processo de Audiodescrição. A oficina de Audiodescrição foi ministrada pela professora do Instituto Benjamin Constant, Ana Fátima Berquó Carneiro Ferreira.

À tarde, os cursistas participaram da oficina de LIBRAS com as professoras Renata Razuk da Faculdade de Educação da UFRJ e Débora O. Melo Ricio – Professora do Ensino de LIBRAS/IFRJ. Nesta oficina os cursistas puderam aprender noções da Língua Brasileira de Sinais e experimentar a comunicação utilizando esta língua.

No dia 10 de fevereiro o tema abordado foi “Infância e Museu”.  Pela manhã tivemos uma mesa redonda cujo tema foi “Tem criança no Museu” com a participação da educadora Adriana Vicente da S. de Souza do Instituto de Geociências da UFRJ, da professora Bruna Molisani F. Alves da rede Municipal de Duque de Caxias e da Faculdade de Formação de Professores da UERJ e da pesquisadora Thamiris Bastos Lopes do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Museu, Cultura e Infância da PUC-Rio.

Neste mesmo dia, à tarde, tivemos três oficinas cujo tema foi “Experimentando ser criança no Museu”. Na primeira oficina AVENTAL DE HISTÓRIAS NO CASTELO MOURISCO com a educadora Claudia Araújo de Oliveira do Museu da Vida – FIOCRUZ, os cursistas puderam ouvir a narrativa desenvolvida por Claudia no Castelo Mourisco da FIOCRUZ e aprender técnicas de contação de história para crianças.

Na segunda oficina desenvolvida pela equipe do Museu da Geodiversidade e da Casa da Ciência da UFRJ, supervisionada pela educadora Adriana Vicente, os estudantes puderam fazer “fósseis” de gesso e pensar alternativas para trabalhar o tema Paleontologia com o público infantil.

Na terceira oficina cujo tema foi “O MITO DE OSÍRIS, A PRIMEIRA MÚMIA”, ministrada pelos mediadores da SAE, Renato Alcântara e Marina Maida, os cursistas puderam ouvir e participar de uma apresentação teatralizada do Mito de Osíris e participar de uma proposta prática onde se buscou abordar a temática egípcia para o público infantil.

 Terminamos a primeira semana do VI Curso de Formação de Mediadores, compartilhando saberes, promovendo a interação e lançando a semente da curiosidade e do desejo de saber cada vez mais sobre educação em museus e divulgação científica para os diferentes públicos.

Já na segunda semana do Curso, os estudantes puderam participar de visitas técnicas às salas das exposições junto aos professores especialistas e curadores das exposições do Museu. Foram visitadas as salas do Egito Antigo, da Etnologia Indígena e Africana, da Paleontologia, da Biologia Marinha e Entomologia, da Antropologia Biológica e da Arqueologia Brasileira.

Nesta semana os cursistas puderam aprender mais sobre o trabalho dos cientistas nas áreas das Ciências Naturais e Antropológicas, conhecer sobre o acervo do Museu, os objetos que o compõem, o trabalho de pesquisa que envolve cada exposição, além de pensar sobre o papel do mediador e como este profissional pode atuar junto ao público fazendo a ponte entre o conhecimento científico representado nas salas e os diferentes públicos que visitam o Museu.

Pensar a História, a Antropologia, as Ciências Biológicas e Geológicas para além do que está nos livros didáticos, construir pontes que permitam novas aprendizagens e a pesquisa por novos conhecimentos, despertar ou aguçar o interesse de crianças, jovens e adultos de diferentes origens socioeconômicas para o conhecimento científico, permitindo o questionamento, sem impor verdades absolutas, mostrando que o cientista é antes de tudo, alguém que duvida, que questiona e investiga é o papel do mediador.

Ao término dessas duas semanas de curso de formação, entre tantos temas abordados e discutidos, ficou como registro a importância de reconhecer a necessidade de olhar os objetos expostos além do que aparece nas vitrines, reconhecendo-os como representantes de sociedades e culturas, assim como de vidas que deixaram marcas ao cruzarem o planeta, e que de alguma forma, contribuíram para a construção do conhecimento e da ciência que temos hoje.