O EGITO ANTIGO AO ALCANCE DE TODOS NO ANIVERSÁRIO DO MN
A coleção egípcia exposta no Museu Nacional, um dos mais importantes do mundo e o maior da América do Sul, foi adquirido por D. Pedro I em 1826.
Com acervo cultural e científico relevante, o Museu Nacional é considerado o maior museu de história natural da América Latina. A formação de seu acervo deu-se pela transferência de sua sede, de instrumentos, máquinas e gabinetes dispersos em outras instituições e pela doação de objetos de arte e da antiguidade pela família real.
A coleção egípcia abriga o acervo de uma das “coleções imperiais”. Quando impedido de seguir viagem para a argentina, o comerciante italiano Nicolau Fiengo aportou com toda sua mercadoria no Rio de Janeiro e a pôs a venda. A rápida mobilização do imperador para adquirir essas peças, revelam características do século XIX como o grande interesse pelos povos clássicos e os hábitos de colecionismo. O Brasil como um país recém-independente precisava de elementos que simbolizassem sua soberania, como por exemplo, esses tipos de coleção.
Observando os objetos expostos na sala podemos perceber um grande tema, ao qual todos estão de alguma forma associados: a morte.
Isto de forma alguma quer dizer que os egípcios eram funestos. Apenas evidencia que esses tipos de objetos são encontrados com mais frequência, por se conservarem com mais facilidade. Isso se explica, pois a maior parte da vida no Egito Antigo acontecia às margens do rio Nilo, ambiente de solo rico e úmido que dificulta a conservação de vestígios materiais. Já os enterros eram feitos em locais mais afastados, em cidades próprias para isso – as chamadas necrópoles – onde o clima é desértico, o solo é seco e existe menor circulação de pessoas, logo em condições mais favoráveis a conservação dos objetos.
O aniversário de 196 anos do Museu Nacional leva ao alcance do público parte de toda essa riqueza histórica e material. Nos dias 22, 23 e 24, quem estiver no MN poderá tocar e conhecer de perto objetos do Egito Antigo.
Não perca!