199 anos de Museu Nacional
Nos dias 9, 10 e 11 de junho muitos Departamentos e seções do Museu Nacional implementaram uma série de atividades para comemorar seus 199 anos. Para participar da festividade, a SAE desenvolveu a atividade “Museu Nacional através dos sentidos na coleção acessível da SAE”, com objetivo de apresentar o acervo e as temáticas pertinentes ao Museu, usando outros sentidos além da visão, como o toque e o olfato.
No primeiro piso do palácio, os visitantes foram convidados a conhecer o fundo do mar. Um manequim com equipamento completo de mergulhador chamava bastante atenção do público e convidava para participar da montagem do painel imantado. Crianças, adultos e jovens, podiam colocar as representações de animais e plantas marinhas em seu habitat natural. A partir de uma conversa bem dinâmica, os visitantes conheciam cada espécie apresentada, aprendiam em que profundidade eles vivem e como cada animal era encontrado e estudado. Seguindo o mesmo tema, os visitantes podiam conhecer a exposição acessível da SAE “O Mar Brasileiro na Ponta dos Dedos”. Conchas, Corais, Estrelas do Mar e algumas outras espécies, em ordem evolutiva, estavam expostas e disponíveis ao toque, para que público conhecesse sua importância para o meio ambiente, as praias onde foram encontras e outras curiosidades.
Na sala de Etnologia Indígena, a influência dos hábitos alimentares indígenas sobre a nossa alimentação foi o assunto abordado por nossos mediadores. Trouxemos para o diálogo uma mesa com diversos tipos de farinhas proveniente da tradicional raiz que está presente em 80% das casas brasileiras: a mandioca.
Outra questão levantada com os visitantes foi a variedade de nomenclaturas que a raiz pode adquirir de acordo com a região do Brasil. Durante os dias de atividade, o público trouxe seus exemplos, como macaxeira, aipim, aipi, madioca-brava entre outras. A partir do toque, os visitantes sentiram a textura das farinhas d’ água, de tapioca, polvilho, também manusearam o Tipipi, instrumento utilizado no processo de fabricação das farinhas. Era perceptível a alegria do público ao reconhecer o procedimento e lembrar de sua terra natal ou de como os avós, assim como os indígenas, preparavam os alimentos.
Explorando o sentido da audição, os mediadores apresentavam a exposição de Aves do Museu Nacional. Um aparelho de som que reproduzia os cantos de algumas espécies. A partir das melodias, os visitantes eram estimulados a associar as canções às respectivas “cantoras”, muito foi dito sobre como cada som é manifestado de acordo com as situações como, por exemplo, os cantos que são emitidos para chamar a atenção das fêmeas ou as melodias que são feitas em momentos de perigo. Cada visitante pode compartilhar sua experiência, seu conhecimento sobre alguma determinada ave, que variava de acordo com a origem de cada um. As crianças adoraram sentir as penas do Tucano, personagem presente em muitos filmes infantis, e tirar fotos com as demais aves, das comuns às mais exóticas.
O Egito Antigo também estava presente na mediação especial. A famosa exposição do Museu Nacional estava cheia de visitantes animados para conhecer o Mito de Osíris, as histórias das estelas e a relação do acervo com os antigos moradores do palácio.
Foram 3 dias de muita festa. No domingo, mais de 5 mil pessoas visitaram o MN e participaram das dezenas oficinas que estavam acontecendo simultaneamente. Parabéns ao Museu Nacional! Já estamos ansiosos para os 200 anos de muita ciência e história.